O amor não precisa ser perfeito, só precisa ser real

Porque amar não é sobre idealizar, mas sobre escolher todos os dias, apesar das imperfeições

Querido e gentil leitor…

Desde pequenos, somos ensinados a idealizar o amor.

Os filmes mostram histórias onde tudo se encaixa perfeitamente, os livros descrevem romances arrebatadores e as músicas falam sobre um sentimento que supera qualquer obstáculo sem esforço. Crescemos acreditando que amar é encontrar a pessoa certa e que, quando isso acontecer, tudo será mágico, sem dúvidas, sem medos, sem falhas. Mas, na vida real, o amor não é assim.

Ele não vem com roteiro, não é sempre bonito, nem sempre fácil. O amor de verdade não precisa ser perfeito.

Ele só precisa ser real. O amor real é feito de dias bons e dias difíceis. Ele tem carinho e compreensão, mas também tem desencontros, tem cansaço, tem momentos de silêncio. Ele é construído aos poucos, nas pequenas escolhas diárias, nos gestos simples que muitas vezes passam despercebidos.

Não se trata de grandes declarações ou momentos cinematográficos, mas sim daquela mensagem inesperada no meio do dia, daquele abraço depois de um dia ruim, daquele olhar que diz "eu estou aqui".

O amor verdadeiro não precisa provar nada para ninguém, porque ele se sustenta naquilo que é mais sincero: a vontade de ficar

Muitas vezes, confundimos amor com perfeição. Achamos que, quando encontramos alguém para amar, tudo será leve o tempo todo. Que nunca haverá brigas, que a conexão será sempre intensa, que as palavras nunca machucarão.

Mas a verdade é que amar alguém é aprender a lidar com os defeitos, com os momentos de impaciência, com as diferenças que inevitavelmente aparecem. Não existe amor sem desafios, porque amar é conviver com outro universo, com outra história, com outra forma de enxergar o mundo.

E tudo bem. Porque o amor não se mede pela ausência de dificuldades, mas pela maneira como escolhemos enfrentá-las.

O que faz um amor ser verdadeiro não é a falta de conflitos, mas sim a disposição de resolvê-los juntos. Amar não é exigir que o outro seja perfeito, mas aceitá-lo exatamente como ele é, com todas as suas inseguranças, com todas as suas falhas, com todas as suas verdades.

É entender que ninguém está sempre bem, que nem sempre tudo será recíproco na mesma intensidade, que o amor, assim como a vida, tem seus altos e baixos.

O amor real não sufoca, não aprisiona, não tenta moldar o outro para caber em uma ideia idealizada. Ele dá espaço, ele respeita, ele acolhe. Ele entende que cada um tem seu próprio tempo, suas próprias batalhas internas, seus próprios dias ruins. E, ao invés de cobrar perfeição, ele se faz presente. Ele não desiste no primeiro obstáculo, não vira as costas no primeiro erro, não se desfaz no primeiro vento forte.

O que torna o amor verdadeiro não são as palavras bonitas, nem os momentos perfeitos. O que o torna verdadeiro é a escolha. Escolher ficar, escolher entender, escolher tentar de novo. Escolher enxergar a realidade do outro, e, mesmo assim, continuar.

Porque no fim das contas, não é a perfeição que faz um amor durar, mas sim a verdade que existe dentro dele.

E um amor verdadeiro pode até não ser perfeito. Mas, quando é real, é tudo o que precisamos.